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A força do feminino na Maison Dior

Posted on set 25, 2018 in Moda

Pela primeira vez, em 70 anos da maison, a Dior tem uma mulher no comando da direção criativa. A italiana Maria Grazia Chiuri foi contratada em julho de 2016 e, desde então, faz da retórica feminista a sua assinatura na grife francesa.

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Texto Andrea Tavares

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Dez anos após fundar sua maison e revolucionar a moda com o lançamento do new look – redefinindo a silhueta feminina, com cintura marcada, saias amplas e casaquinhos secos -, Christian Dior morreu em outubro de 1957, com apenas 52 anos. Seu legado deixou um saldo impressionante: 22 coleções, 28 ateliês, lojas nos Estados Unidos, Inglaterra, México, Cuba, Canadá e Japão, 1,2 mil empregados, mais de 100 mil vestidos vendidos e 16 mil croquis.

A tarefa difícil de assumir o lugar de um reconhecido gênio da moda ficou a cargo de seu jovem assistente: ninguém menos que Yves Saint-Laurent, então com 21 anos, que introduziu novos padrões de estilo já na primeira coleção, como jaquetas de couro e vestidos curtos, sem deixar de lado, porém, o primor e o requinte nos detalhes, a exemplo do mestre.

Essa característica de constante renovação e inovação permaneceu ao longo das décadas: os próximos diretores criativos deixaram suas marcas pessoais e, ao mesmo tempo, celebraram a elegância, a ousadia e a criatividade de seu fundador. Nomes como o francês Marc Bohan e italiano Gianfranco Ferré vieram em seguida, mas a chegada de um britânico em 1996 no universo da alta costura, até então dominado por franceses, também causou comoção – tratava-se de John Galliano, um dos mais talentosos, rebeldes e controversos estilistas de seu tempo. Outra mudança de ares ocorreu em 2012, com a contratação do festejado (porém, reservado) designer belga Raf Simmons, que ficou até junho de 2016.

Quem comanda, desde então, o estilo da maison é a italiana Maria Grazia Chiuri, nome forte depois de 17 anos na Valentino ao lado de Pierpaolo Piccioli. A primeira mulher a assumir a direção criativa da maison Dior e o momento não podia ser mais apropriado, já que o mundo vive às voltas com muitas questões, entre elas, o empoderamento feminino. E, desde o início, Maria Grazia lançou mão de importantes referências femininas tanto na produção de campanhas quanto nas passarelas, homenageando artistas mulheres e apostando na ambiguidade de looks ao trazer à luz questões de gênero. Na coleção outono-inverno 2018/2019, apresentada em março na Paris Fashion Week, por exemplo, a retórica feminista passou pela comemoração dos 50 anos do Maio de 1968, protestando em favor da reivindicação de direitos iguais entre gêneros e a liberação feminina.

Outra novidade assinada pela designer foi uma leve alteração do logo: manteve o mesmo tipo de fonte, mas subiu a caixa do “Dior”, que passou a ser escrito inteiramente em letras maiúsculas. O mais recente triunfo de Maria Grazia Chiuri se deu no casamento da influencer e it-girl italiana Chiara Ferragni, no começo de setembro, na Sicília. Tanto o vestido de noiva quanto o traje para a festa eram da grife francesa e, segundo especialistas, renderam um impacto de mídia correspondente a US$ 5,2 milhões, por conta dos posts de Chiara e da avalanche de compartilhamentos que se seguiu, e obtiveram um engajamento de 5,6 milhões de pessoas ao redor do planeta.

A it-girl Chiara Ferragni: de Dior no casamento para lá de popular nas redes 
Foto: Maison Dior

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